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Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP

Construída por quatro pessoas em 45 dias, a casa projetada por Ricardo Delgallo não utiliza combustível fóssil em seus 40 m²

Por Nádia Sayuri Kaku
Atualizado em 22 abr 2024, 02h24 - Publicado em 21 abr 2024, 15h00
Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, fachada da casa em meio às montanhas.
 (Thiago Farias/CASACOR)
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Localizada no alto do Pico dos Marins, região da Serra da Mantiqueira, interior de São Paulo, esta tiny house é a realização do sonho do arquiteto Ricardo Delgallo, que queria ter um local único e acolhedor, construído com as próprias mãos. Em meio ao sossego e beleza da Mata Atlântica, e instalada a 1500 m de altitude, a casa tem 20 m² de área interna – além de outros 20 m² de deque – e possui quarto, sala, cozinha e banheiro.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, fachada da casa em meio às montanhas.
(Thiago Farias/CASACOR)

As grandes janelas possibilitam a incidência de luz natural e oferecem vistas deslumbrantes para as montanhas. Outro destaque construtivo é o uso de madeira de demolição: peroba rosa rústica reveste os interiores e, na fachada, o material foi carbonizado, seguindo a técnica japonesa shou sugi ban.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, banheiro com cuba esculpida em pedra.
(Thiago Farias/CASACOR)

Nos interiores, um dos destaques é a pia do banheiro esculpida em pedra da Indonésia cujo processo de seleção, corte e polimento foi todo artesanal. Móveis, tanto externos quanto internos, foram projetados pelo próprio arquiteto. Já os pisos, luminárias e demais itens foram pensados a fim de criar uma estética rústica. A churrasqueira de aço corten oferece maior resistência à corrosão.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, cozinha e sala de jantar rústica.
(Thiago Farias/CASACOR)
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A tiny house foi construída por apenas quatro pessoas, incluindo o próprio arquiteto e mais três trabalhadores. Ao todo, a obra demorou apenas 45 dias graças ao método construtivo de woodframe – sistema construtivo sustentável feito com montantes e travessas de madeira.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, fachada da casa em meio às montanhas.
(Thiago Farias/CASACOR)

“Por ser uma região de alta montanha e devido à variação do tempo e logística – já que o terreno não possui energia -, tudo foi feito com gerador e ferramentas à bateria  em 45 dias trabalhados”, conta Ricardo. Vale ressaltar que a casa não utiliza nenhum tipo de energia a base de combustível fóssil. Ao contrário: o fogão cooktop, assim como o chuveiro, as luzes e os demais equipamentos utilizam energia solar off-grid.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, fachada com jardim vertical.
(Thiago Farias/CASACOR)
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Para evitar interferências na topografia original do terreno, a construção é sustentada por nove pilares e, para conseguir melhor conforto térmico, foi utilizada lã de vidro ecológico em toda a casa. Uma manta asfáltica garante a impermeabilização do telhado e o papel polietileno instalado nas paredes externas impede a infiltração de água para seu interior, mas permite que a casa respire.

Tiny house sustentável fica a 1500 m de altitude na região serrana de SP. Projeto de Ricardo Delgallo. Na foto, quarto com vista para as montanhas.
(Thiago Farias/CASACOR)

O arquiteto também investiu no plantio de cerca de 350 mudas de árvores nativas e frutíferas, formando uma espécie de pomar próximo ao curso d’água para proteger e preservar a água que passa pelo terreno e que é utilizada para banho e demais usos. “Outras cerca de 130 árvores foram plantadas para enriquecer ainda mais o paisagismo por todo o terreno e ao redor da casa”, finaliza o arquiteto, ao pontuar que essas árvores ainda servirão como uma cerca viva.

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