Sebastião Salgado entra para a Academia de Belas Artes da França
O fotógrafo mineiro é o primeiro brasileiro a assumir uma cadeira na Academia de Belas Artes, em Paris
![A pesca indígena na região da bacia do Xingu. A pesca indígena na região da bacia do Xingu.](https://beta-develop.casacor.abril.com.br/wp-content/uploads/sites/7/2017/12/05-3-241-67-copie-6.jpg?quality=90&strip=info&w=838&w=636)
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Aos 73 anos, Sebastião Salgado assume, nesta terça-feira (05), um posto na prestigiosa Academia de Belas Artes da França, na cidade de Paris. O premiado fotógrafo é o primeiro brasileiro a receber um lugar na instituição e substituirá Lucien Clergue, fotografo francês, falecido em 2014. Criada há 10 anos, a divisão de fotografia da Academia de Belas Artes da França conta com outros três nomes, além de Salgado: Bruno Barbey, do Marrocos e Jean Gaumy e Yann Arthus-Bertrand, da França.
Político, polêmico, artístico, comprometido… Não faltam definições para descrever o trabalho de Sebastião Salgado, fotógrafo, ex-integrante da renomada agência Magnum, e dono de uma extensa obra de cunho ecológico. Economista de formação, ele assina grandes projetos que tratam de questões globais, são mais de 10 livros, entre eles: Gênesis, Trabalhadores e Êxodos, denunciando, com suas imagens cruas e muitas vezes cruéis, o preço alto que o ser humano paga pelas radicais mudanças econômicas e sociais que vêm promovendo.
Sediado em Paris há quase 50 anos, Sebastião Salgado mantém uma forte relação com o Brasil. A antiga fazenda de seus pais, em Aimorés, MG, transformou-se no Instituto Terra, fundado por ele e sua esposa, ali eles replantaram mais de dois milhões de árvores.