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Pavilhão Nuvem é finalista do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake

Estrutura em telas de aço foi montada para a CASACOR Minas 2018 pelo escritório Arquitetos Associados, a partir de critérios de reuso e da economia circular

Por Luciana Andrade
Atualizado em 17 fev 2020, 16h32 - Publicado em 15 ago 2019, 14h29
Pavilhão Nuvem é finalista do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake
(Gabriel Castro/CASACOR)

O Pavilhão Nuvem, uma das atrações da CASACOR Minas Gerais 2018, está entre os 12 finalistas do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake AkzoNobel. Este é um dos principais reconhecimentos das produções arquitetônicas contemporâneas no país. Os finalistas foram eleitos entre 391 projetos inscritos. Os vencedores serão divulgados em 17 de outubro.

A estrutura desta nuvem de aço foi projetada pelo escritório mineiro Arquitetos Associados, e atende a critérios de sustentabilidade, inventividade, integração ao local de construção e técnicas construtivas. Os profissionais adotaram uma série de inovações, como a utilização de aços longos e planos produzidos pela marca Arcelor Mittal. Pisos, paredes e tetos foram produzidos a partir de conjuntos de telas de aço soldadas, o que evitou a geração de resíduos e perdas na produção.

Pavilhão Nuvem é finalista do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake
(Dentro Fotografia/CASACOR)

Inovação técnica

A ideia foi explorar um alternativo do aço na construção, de acordo com o arquiteto Alexandre Brasil, do escritório Arquitetos Associados. Telas, treliças e vergalhões são normalmente empregados como elementos estruturais, embutidos nas paredes e lajes de concreto. Ao serem soldadas e estruturados em módulos neste projeto, formaram pisos, paredes e tetos.

Como os módulos são tramados, os ambientes se tornaram iluminados e arejados. Isso além de explorar diferentes relações com o contexto, atravessado pela vista para a cidade, em conexão com o casarão histórico, as árvores e até uma antiga locomotiva ao lado. “A construção civil é uma das atividades humanas mais impactantes para o meio ambiente. A chave para a redução dessa pegada ambiental está na ampliação do ciclo de vida das edificações”, resume Alexandre Brasil.

Muito além de uma instalação efêmera

O resultado foi um pavilhão multiuso, pensado também como lugar de pausa e de convergência de pessoas. Foi erguido inicialmente no pátio de entrada do casarão histórico da Rua Sapucaí, em Belo Horizonte, onde aconteceu a CASACOR Minas Gerais 2018.

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O conjunto permitia ser desmontado ao final do evento, e sua remontagem poderia ser integral ou parcial. Tudo de acordo com as premissas da economia circular, com foco no reuso. E foi o que aconteceu, mostrando que é possível ampliar as possibilidades construtivas e o tempo de vida útil de estruturas como esta.

Desde a CASACOR Minas, o pavilhão já foi remontado em outros eventos, como o portal de entrada do Minas Trend Preview – maior feira da indústria da moda de Minas Gerais – e diversos estandes da ArcelorMittal em feiras comerciais e institucionais.

Pavilhão Nuvem é finalista do Prêmio de Arquitetura Instituto Tomie Ohtake
(Dentro Fotografia/CASACOR)
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