Do-Ho Suh une arte e arquitetura em obras instigantes
As obras do sul-coreano questionam o espaço, a ocupação e a permanência
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Do-Ho Suh nasceu em Seoul, na Coreia do Sul, em 1962. Após completar o curso de Pintura Oriental na Universidade Nacional de Seoul e o serviço militar sul-coreano, Suh se muda para os Estados Unidos e estuda na Escola de Design de Rhode Island e na Yale University. Em 2001, representa a Coreia na Bienal de Veneza e também recebe uma grande exposição no Museu de Arte Americana Art Philip Morris. Em 2010, participa da Bienal de Arquitetura de Veneza e da Bienal de Liverpool.
O trabalho de Suh consiste em intervenções muito ligadas ao espaço e a ocupação. Suas obras instigam a questionar a habitação e a presença, portanto são muitíssimas próximas da arquitetura.
Atualmente, suas coleções estão no MoMa, no Whitney Museum of American Art, na Albright-Knox Gallery, no Guggenheim Museum, e também no Museum of Contemporary Art em Los Angeles. Conheça três dos seus trabalhos abaixo!
Home within home (Casa dentro da casa)
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Em escala real, feita em tecido transparente, essa casa de três andares é uma representação de lar. Na camada mais externa está a primeira residência que Suh ocupou em Rhode Island, assim que chegou aos Estados Unidos. Embaixo dela, está a “casa de Seoul”, um modelo de construção tradicional na Coreia, na qual o artista cresceu. A sobreposição dos espaços coincide com a sobreposição e fusão dos sentimentos e identidade.
Apartment A, unit 2, corridor and staircase, 348 west 22nd street, New York, NY 10011, USA
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Explorando mais uma vez o conceito de lar, Suh constrói, em tecido transparente, aquele que parece representar, de certa forma, a maioria dos apartamentos pequenos de Nova Iorque. Nesse delicado imóvel incrivelmente detalhado a sensação que se tem é de estar em casa, contudo, a rigidez e a solidez dos materiais que compõe a casa estão ausentes, substituídos por um nylon que oscila ao toque. Será o lar algo mais etéreo do que o concreto?
Floor (Chão)
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Uma grande plataforma coberta com uma grossa camada de vidro é o “chão” que o visitante pisa. Ao olhar mais de perto, porém, percebe-se que todo o peso está apoiado em pequenas figuras humanas de PVC de diversas cores. Essa obra de tom mais severo e social de Suh pode levantar questões sobre a tomada massacrante do espaço e o custo da permanência (milhares se esforçam para um ficar em pé).