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– (Divulgação/CASACOR)
A banqueta Stool 60 , do arquiteto finlandês Alvar Aalto (1898-1976) , ganhou releituras pelas mãos de 10 profissionais ligados a arte, fotografia, cultura e arquitetura de Curitiba (PR). As peças reinterpretadas pelos criativos foram lançadas na última semana, no Pátio Batel, em Curitiba, onde ficarão expostas até o dia 9 de maio.
Promovida pela Inove Design e pela Escola Israelita Brasileira Salomão Guelmann, a ação culminou em uma grande exposição chamada Um Olhar sobre o Design Brasileiro Contemporâneo , que conta ainda com peças de Jaime Lerner, do arquiteto Julio Pechmann (1942-2009), e Ronald Sasson. Com assinaturas de Priscilla Mueller, Jorge Elmor, Manoel Coelho, Daniel Katz, Marcelo Paciornik, Ale Mazzarolo, Aline Roman, Gio Soifer, André Mendes e Maya Weishof, as obras serão leiloadas até o dia 9 de maio e poderão ser arrematadas através deste link .
1/10 Quando recebeu o convite, Daniel logo pensou em seu tempo de escola: “Minha criação faz referência a um universo lúdico, de histórias de infância. Como preferi preservar o desenho original da peça, toda a interferência se dá pelo lado de dentro, representando a emoção, enquanto o lado externo, intacto, representa a razão”, diz ele. (José Vieira/Vieira Estúdio) 2/10 A energia dos raios solares foi a inspiração para a criação de Ale Mazzarolo: "Em tempos difíceis nada como o brilho do sol para trazer um sopro de otimismo, cor e luz, e para customizar a icônica Stool 60 me inspirei em um lindo dia de céu azul e ensolarado”, conta. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 3/10 A ideia de Maya Weishof foi trabalhar com um elemento utilizado em sua pesquisa poética, e tentar ironizar a tentativa de compreender um mapa em concreto sobre um objeto feito para sentar. “O concreto é um material com uma carga simbólica e física muito forte, ele edifica basicamente tudo o que entendemos por território. Dentro da minha produção, o significo como um material que é matriz para a construção de limites de fronteiras quando penso o mapa como paisagem”, diz Weishof. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 4/10 Para Priscilla Muller, a luz é a grande protagonista de sua criação: “Quando 1933 chega em 2017, surge uma ideia, uma inspiração e uma intenção. A luz, matéria essencial, elemento estruturador e integrante da arquitetura”, explica. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 5/10 Manoel Coelho buscou inspiração nas origens da famosa Stool 60, reverenciando sua base em sua recriação. “Já fui árvore” é uma homenagem ao arquiteto e sua obra, ambos referência de um design moderno e inovador. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 6/10 A proposta do artista plástico Marcelo Paciornik é fazer uma homenagem aos 100 anos do primeiro ready-made feito por Marcel Duchamp. “A obra conhecida como "Roda de Bicicleta" é apresentada agora em uma versão off- road, enfatizando ainda mais o paradoxo da imobilidade contido na obra original”, explica Paciornik. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 7/10 A natureza foi sua grande inspiração. A coroa em folhas de bronze reverencia o design de Alvar Aalto e vai de encontro com as formas orgânicas e fluidas da natureza. “A estética aplicada de forma plena e real deve ser ovacionada e coroada, é uma joia, que mesmo estandarizada é ainda única e preciosa”, diz Aline. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 8/10 A partir de um objeto que faz parte da história do design, André Mendes buscou criar uma nova roupagem para a peça: “Reconhecido pelo seu equilíbrio estético, simplicidade e desenho impecável, proponho uma nova pele, forma e significado. Retirando toda camada de pintura industrial vemos a madeira, seus veios e imperfeições. Rompendo com suas características industriais, revelando sua alma, fomentando o diálogo entre o design e a arte”, explica. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 9/10 “A exuberância dos trópicos encontra reflexo em suas madeiras de tons avermelhados pinceladas por veios dourados, consonantes com a massiva quantidade de metais preciosos incrustados em toda a superfície do país e estabelecem o contraponto perfeito no estabelecimento da presença nacional na reconstrução de uma peça etérea e de personalidade essencialista”, explica Jorge Elmor. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR) 10/10 A proposta da artista Gio Soifer de inserir rodas ao desenho original da banqueta é criar não só um possível movimento deste corpo que suporta e é apoio para outro corpo, mas também de pensar na dinâmica do próprio ato de “customizar” um design já consagrado. “O processo é evidenciado quando ilustro no próprio tampo da banqueta o manual original, somado ao desenho das rodas anexadas”, conta Gio. (José Vieira/Estúdio Vieira/CASACOR)