Braços abertos sobre a Guanabara: a história do Cristo Redentor
Considerado santuário católico do Brasil, o Cristo só foi reconhecido como Maravilha do Mundo em 2007
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Um dos cartões postais mais famosos do Rio de Janeiro, o Cristo Redentor, foi inaugurado 1931. A ideia surgiu do padre francês Pierre-Marie Boss, que sonhava em construir um monumento religioso no alto do Corcovado, com seus 710 metros de altura. O sonho foi registrado em forma de poema no livro “Imitação de Cristo”, de 1903.
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Inicialmente, a proposta era inaugurar o monumento no centenário da Independência do Brasil, em 1922. No ano anterior, foi aberta uma disputa para selecionar o melhor projeto para o monumento e o vencedor foi o engenheiro Heitor da Silva Costa. No mesmo período, mais 20 mil pessoas fizeram um abaixo assinado para pedir a autorização para a construção do monumento para Epitácio Pessoa, presidente da época.
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O Cristo deveria ser construído apenas com doações de brasileiros e em 1923 a Arquidiocese do Rio de Janeiro lançou a “Semana do Monumento”, onde foram arrecadados mil contos de réis. Alguns anos depois, mais arrecadações foram feitas para obra. Ao todo, o Cristo Redentor custou 2.500 contos de réis, o equivalente a R$9,5 milhões.
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As seis mãos responsáveis pelo Cristo são as de Heitor da Silva Costa, desenhista do projeto, do pintor Carlos Oswald e do escultor Maximiliam Paul Landowsky, responsável pela cabeça e mãos do monumento.
Com exceção das mãos e cabeça, moldadas na França, o corpo de Cristo foi inteiro construído no Brasil. O corpo é feito de pedra-sabão, cortada em milhares de triângulos, colados à mão sobre um tecido e posteriormente aplicados na estátua por pastilheiros.
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Os braços abertos da escultura remetem à imagem de uma cruz. Totaliza 38 metros quadrados, sendo 30 de monumento e oito de pedestal. Cada um dos pés tem 1,35 metro e cada uma das mãos 3,2 metros. O peso total é de 1.145 toneladas.
No interior da obra foi projetado o coração de Cristo, com 1,30 metro. Toda a área interna é composto com 12 platôs, que são ligados por escadarias e formam andares. A montagem demorou cinco anos, foi iniciada em 1926 e finalizada em 1931. A obra está preparada para aguentar ventos de até 250 km/h.
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Somente um ano após a inauguração que o Cristo recebeu iluminação definitiva. Em 1942 foi construída uma estrada de cimento, que facilita o acesso até o Morro do Corcovado. Em 1973, o conjunto paisagístico foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, o Iphan. Em 1980 foi reformado pela primeira vez, por conta da visita do Papa João Paulo II ao país. Em 2005, o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural aprovou por unanimidade o tombamento do Cristo. Em 2006, foi considerado santuário católico do Brasil, e finalmente, em 2007, foi eleito como uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno, com mais de 100 milhões de votos. Em 2011, pensando nas questões de sustentabilidade, colocaram iluminação em LED no monumento.
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Em 2009 o canal History Channel fez um documentário sobre a maravilha, chamado de “Cristo Redentor”. Com imagens exclusivas da época da construção e depoimentos recentes de fortes personalidades, o filme conta a história do Cristo, desde a visita do Imperador Dom Pedro I até o período que foi lançado.
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A iluminação pode variar de acordo com a data comemorativa. No natal e no ano novo, o monumento recebeu um show de luzes. Projeções com as cores da bandeira da França iluminaram os 38 metros da estátua após os atentados em 2015, como forma de luto e solidariedade ao país. O outubro rosa, novembro azul e dezembro laranja também são lembrados pelas projeções.
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Diversos compositores brasileiros homenageam o Cristo Redentor em suas letras. Entre elas, algumas das mais famosas são “Samba do Avião”, de Tom Jobim, que compõe o título dessa matéria; Carta ao Tom, de Toquinho e Vinícius de Moraes; Alagados, dos Paralamas do Sucesso; Um Trem para as Estrelas, de Cazuza e Gilberto Gil, entre outras composições de Vicente Celesitno, Ivan Lins, Raul Seixas, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown
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Os preços para visitar o Cristo variam entre R$61 e R$74 de acordo com a temporada. Idosos e estudantes têm direito ao benefício de meia entrada. Crianças até 5 anos não pagam e de 6 a 11 anos pagam R$48. Os serviços podem incluir transporte de alguns pontos do Rio de Janeiro. O horário de visitação é das 8h às 18h.